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DOUTRINA PARTE 8 e 9

Incorporação e escudo de defesa do médium.

Médium e Guia Astral.

Incorporação

Médium e Guia Astral.

Incorporação

Consulente e obsessor.

Pontos de vibração - Casa de Exu e das Almas:  Congá- 4 Cantos do terreiro - Ariaxé - Assentamentos dos Orixás da Babá

 

Todo templo de Umbanda ou Nação, está sob a proteção dos Orixás, e sofre a irradiação destes.  Na figura acima vemos um exemplo do que comumente acontece no terreiro nos dias de trabalho com consulta.

 

A Imagem de irradiação simboliza, a coroa de irradiação dos Orixás.

 

Dentro do nosso rito litúrgico, orixá não é um espírito, são raios energéticos que vem de Deus, tanto é que quando trabalhamos com incorporação de Orixá, o que incorporamos na verdade são enviados de Orixá, (falangeiros). Estes orixás em um desdobramento se materializam através da natureza, e pontos de força. Todo tem seus atributos, arquétipos e elementos correlacionados.

 

Esta irradiação é desenvolvida para levar o médium, a ser ativo nas consultas, nos aconselhamentos espirituais através da mecânica da incorporação.

 

Veja a figura do guia astral, que pode ser caboclo, preto-velho ou Exu.

 

Ligado com o médium, existe um círculo que fica sobreposto pela aura do guia astral, acontecendo uma penetração de auras. Na incorporação, o duplo astral do médium fica levemente expandido e a entidade do mundo espiritual envolve o médium e assim acontece o acoplamento de auras. Entre médium e guia.

 

Na figura do consulente, neste caso temos um obsessor, isso não quer dizer que todo consulente que vem no terreiro tem um obsessor. Quando o consulente fica frente a frente com o médium, este estando incorporado, acontece uma interpenetração de auras, do consulente com o médium, e através da mecânica de incorporação, cria-se um escudo mediúnico de proteção.  Neste caso se o médium não estiver incorporado pode-se ter fissuras no corpo etéreo durante a consulta. Por isso é importante que apenas os médiuns desenvolvidos e devidamente preparados possam dar consultas no terreiro.

 

Quando o médium é ostensivo no trabalho mediúnico, precisa de tempo em tempo reforçar sua aura com o amaci. Por isso também usamos o defumador, o pó sagrado (gonga sagrado) as guias como proteção. Desde que devidamente imantadas.

 

Resumindo: Acontecendo a ligação do ORI, do guia desdobrado, ligado com o ORI do médium, como uma onda telepática, por sua vez o guia astral faz a ligação com os orixás, que está dentro desta coroa de irradiação. Sendo o espirito benfeitor é um ponto de força e ligação.

 

Nesta figura também vemos os otás, que representam pontos vibratórios que servem de recepção e distribuição como portais condensadores energéticos.

 

Em nosso terreiro temos os quatro cantos com fundamentos de ogum, no centro do terreiro fundamento de xango, e por fim nosso gongá. Todos estes pontos são campos vibratórios que distribuem estas energias que vem da coroa de orixás.

 

Assim temos no acoplamento áurico entre médium e guia astral, através da incorporação, um escudo de defesa mediúnico, amparado, tendo falangeiros e médiuns de mãos dadas, praticando a caridade para aqueles que precisam.

 

Condições para o bom funcionamento de trabalhos espirituais.

 

Médiuns de tarefa precisam estar atentos, pois somos um canal de forças ocultas, que tem influência determinante sobre o bem, isso significa que precisamos de vigilância sobre nossos pensamentos, que devem estar sempre voltados para energias positivas.

Não deixar a mente divagar com pensamentos negativos, de demandas, ou que alguém está fazendo um trabalho contra nós.  Não basta o médium chegar para gira entrar no recinto sagrado e dar um rodopio incorporar um guia e estamos conversados.

A sintonia de um ser encarnado com um ser desencarnado, em um atendimento fraterno para ser bem-sucedido, é necessário sempre a reforma intima. A disposição do médium em fazer um real atendimento de caridade, sem pensamentos de trocas, achando que esse trabalho é que vai melhorar sua condição de vida. Caridade traz equilíbrio, paz de espirito, e bem-estar.

Quanto mais o médium estuda e se esforça em fazer o melhor, com o tempo vai crescendo e melhorando em suas tarefas.

O outro aspecto importante é a comunicação.

A comunicação mediúnica que se processa na gira, também sofre a influência da comunicação do médium no dia a dia, e com nossos irmãos de corrente.

As vezes palavras pronunciadas de forma errada, podem causar danos irreparáveis.

É importante haver um esforço do médium, no que diz respeito a influência que possa haver na comunicação, como por exemplo, entre um filho ou marido esposa, quando da consulta.

Também é importante não deixar palavras no ar, conjecturas, confundindo o consulente, deixar que o guia espiritual atue de forma intensa, fazendo assim o aconselhamento sem interferência pessoal. Ou seja, a inteligência do médium mais não o seu desejo.

Traduzindo. Entra a sensibilidade mediúnica do médium, e de sintonia com seu guia espiritual sem a influência pessoal.

 

Vamos encarar nossa mediunidade como um DOM divino e não como uma fonte de realização pessoal. Não vamos cobrar da espiritualidade, favores pessoais, e sim sabedoria para conduzir melhor nossas vidas. Estamos aqui para evolução, para sermos felizes com as coisas simples da vida. Partilhar nossas alegrias e sofrimentos. Sempre unindo nossas forças em prol do bem comum, e não do nosso próprio bem.

 

Sistema de defesa psíquica - Equilíbrio humano.

 

Harmonização interna em que as partes contrarias possam sobreviver de maneira tranquila sem que um possa afetar o outro.

Equilíbrio não significa aquilo que temos de perfeição longe disso. Equilíbrio interno ao qual me refiro é uma atitude coerente, que é nossa atitude no dia a dia, que o nosso comportamento seja coerente com o nosso discurso. Por isso vou falar sobre esse sistema.

Não adianta nenhum tipo de atitude externa, riscar ponto, cantar ponto, evocar espirito, ter o melhor guardião, que você julga ter, ao seu lado, se você não tem um sistema interno de equilíbrio.

E quando eu falo em equilíbrio, estou falando de você ser bem resolvido consigo mesmo.

Enfrentar nossos medos, nossas sombras, que saibamos conviver conosco da forma que somos, sem nenhuma pretensão de superioridade, que eu sei mais, ou vou ganhar mais.

 

Vamos destrinchar:

 

Falar em equilíbrio é algo difícil para quem está encarnado.

O que é equilíbrio e o que é desequilíbrio?

Se eu falar que é necessário ser coerente com nossas palavras, coerentes com aquilo que nós defendemos e que pregamos, que a atitude seja coerente com aquilo que se discursa, então falar de coerência fica mais fácil para nós quando falo de equilíbrio interno.

 

Antes de fazer viagens para fora do corpo, temos que ter coragem de fazer uma viagem para dentro de nós mesmos.

Quando se estabelece esta harmonia, esta aceitação interna, tanto quanto o conhecimento que passa dentro da nossa mente, aí sim, nossos guardiões conseguem fazer algo em nosso benefício.

 

Então falar de segurança pessoal, sair na rua no dia a dia, ser assaltado ou não, a segurança espiritual de ter um ataque de ordem extra física ou a segurança energética, qualquer desse tipo de segurança depende de você estar bem, você se enfrentar e se conhecer , e acredito que é o nosso objetivo, tanto que estamos estudando agora , nesse momento.

 

Fazer um mergulho no sentido de se conhecer e também se defender , porque uma vez que você se conhece, todos os sistemas de defesa , são imediatamente ativados.

 

Vamos exemplificar:

 

O ser humano tem um sistema de defesa natural, que podemos chamar de aura, em um campo aproximado de um metro ou mais, que se distende com relativa facilidade, como vimos na doutrina acima ligado ao nosso cordão de prata.

 

E dentro desse perímetro se estabelece um campo de força individual , contudo os problemas internos e externos, das dificuldades do dia a dia , interpretados pela pessoa , faz com que se rompa a estrutura eletromagnética desse substrato que chamamos aura. Se nossa aura for rompida corremos o risco de sairmos no quintal e nosso cachorro nos morder.

 

Se a aura esta rompida e sinal de que existe algum trauma por traz disso. Como o medo.

O medo faz com que exalemos cheiro, quem tem medo exala um odor apropriado.

Quem ama, exala um odor apropriado também.

 

Quem tem segurança energética, segurança em si próprio, exala um odor apropriado em uma frequência vibratória facilmente perceptível.

 

Dai, em alguns lugares, costuma-se dizer que a pessoa atrai o ladrão.

 

Atrai cachorro para morder, e uma série de dificuldades por estar com a aura rompida. O que faz com que exale dessa pessoa elementos psicofísicos, perfeitamente perceptíveis por outras pessoas.

 

Nossos protetores não tem como reverter esse processo. Se nós fizermos um mergulho para conhecer os nossos sistemas de equilíbrio e sobretudo estudar sobre nós mesmos, mergulhar sem medo no nosso interior, aí sim conseguimos ajuda.

Uma vez que você faz esse mergulho, qualquer presença espiritual de um guardião ou de um mentor poderá fazer algo em seu benefício.

 

Mas se transferimos para outro desencarnado fazer aquilo que é de nossa responsabilidade, ou para um guardião não haverá possibilidade de ajuda.

 

Um comportamento antiético, feito de maneira consciente, já é um impedimento de ajuda, não que os guardiões não queiram ajudar, mais porque simplesmente não podem.

 

Não é porque são espíritos que podem fazer tudo, por isso existe a parceria dos dois lados da vida.

 

Junto a isso as necessidades sócias evolutivas e sócio reencarnatórias.

 

Muitos reencarnam por necessidade de aprendizado, de passar por determinadas situações, desafios e obstáculos, para que possa fazer emergir de dentro de si os valores que foram dilapidados em vidas passadas.

 

E quanto a isso, que é uma lei universal e divina, nenhum espirito pode fazer nada.

 

Quando este caso ocorrer, que possamos mergulhar profundamente e entender que mensagem que a vida está trazendo para cada um de nós, nos momentos de desafio.

 

A questão ai não é de merecimento, é necessidade de aprendizado.

 

Passar pela dor, não é questão de mérito ou demérito. É reeducar a maneira de ver a vida chamando para assumir uma postura mais digna, honesta, e mais simplificada diante das circunstâncias.

 

O que não se aprende nos tempos de bonança, a crise vem e nos faz aprender.

 

Pessoal ou emocional, a crise do Pais, e ai pergunta: Porque os espíritos não me ajudam? Porque os guardiões não me ajudam?

 

Porque nenhum deles está aqui para nos tirar dos problemas, mais sim ensinar a sair deles.

 

Eles não são nossos empregados ou escravos, se nós cairmos, pedimos ajuda, e eles jogam a corda, mais temos que saber amarrar a corda em nós para que eles possam puxar.

 

Do contrário iriam para o poço conosco, e ficariam lá se lamentando como a gente.

 

Os espíritos não vão eliminar nossas provas, é preciso ter coragem, e um mínimo de inteligência para dar passo a passo para sair de uma situação difícil.

 

Nossos guias e guardiões são nossos parceiros e não substitutos do trabalho que nós precisamos desempenhar, e não cabe a eles o esforço que nos compete.

 

Eles mostram o caminho, as vezes nos mandam subir uma escada, mas nossa preguiça quer uma escada rolante, e eles dizem : Não a escada é essa de madeira se você quiser subir.

 

Pega na corda, que eu te puxo do lado de cá pra você não cair, e ai você se amarra na corda e faça o seu esforço.

 

Parceria é uma coisa substituição é outra.

 

É  preciso ter consciência, muitas vezes não é o que você espera.

 

A intuição não chega a ninguém de braços cruzados, a fé acende o fogo da solução.

 

Esse sistema foi criado pelo Pai Maior. Se não estiver satisfeito questiona o Criador.

 

Nossos guias são agentes da lei, não foram eles que criaram a Lei. E esta lei não se cumpre em beneficio de A  de B ou C.  Para livrar voce do problema ou o do outro, a lei se cumpre em função da harmonia do todo, e não do beneficio das partes.

 

Podemos ser auxiliados sim, desde que estejamos no contexto geral da harmonia do Universo.  Portanto cuidado com o que pede. Avalie depois peça.

 

Ore e tenha fé, mais tenha inteligência, para pedir, para depois não amargar com os resultados. Não se engane, porque nossos  guias não possuem varinha de condão.

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