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TEMPLO DE UMBANDA MISSIONARIOS ESTRELA DO ORIENTE

 

 

Doutrina 2:

 

 

Todas as pessoas que entram neste templo nos observam. Quando vestimos nossa roupa branca, passamos a representar o nome da casa e da cúpula espiritual. Então não é tão difícil entender que a atitude de cada um deve ser um exemplo.

 

O templo é um instrumento para o progresso espiritual de médiuns e assistentes, portanto nós vamos colocar o compromisso espiritual acima de nossas desavenças e pontos de vista, e vamos trabalhar.

 

Um templo onde trabalhos negativos são desfeitos, vinganças são dizimadas, processos de anos em que espíritos ficam planejando derrotas de encarnados considerados inimigos vão por terra, é porque é sinal de que tanto médiuns quanto consulentes, estão aprendendo a melhorar o seu estado de espirito, o seu interior, mudando todo o astral a sua volta. O sucesso espiritual de nossa casa depende sempre do imã de atração que vem do sentimento, da intenção verdadeira de ajudar.

 

Quando nós controlamos nossa vontade, controlamos nossos pensamentos, as palavras e ações. Isso se chama disciplina, que serve tanto para o trabalho mediúnico quanto para o nosso dia a dia.

 

Como eu já disse antes, a minha missão somente estará cumprida se além de desenvolvê-los espiritualmente, também fizer de todos vocês, seres equilibrados, felizes e confiantes para a vida.

 

Não adiante vestir o branco se o coração não esta em Paz. Não é ficando parado com pensamento disperso, ou tomando conta do irmão que está a sua frente, que vamos ter uma boa sintonia. Eu os quero doando fluidos para corrente, louvando e renunciando seus próprios problemas em prol de um bem comum, em uma hora que este ato é necessário, usando os recursos que cada um possui para fortalecer não somente sua coroa, mas todos os trabalhadores da Seara. Vamos ser cada gota de Luz em harmonia com outra grande Luz.  É preciso acreditar que somos fonte de vida. Nunca diga não sou capaz antes de tentar.

 

Que Oxalá os abençoe.

 

Mãe Jane de Iemanjá.

 

AS FOLHAS:

 

A Umbanda não deve ser um mistério cheio de tabus, mas sim um esclarecimento que possibilita o entendimento espiritual, elevação e ensinamentos que nos permita ter uma vida simples e feliz.

 

E são as essências dos nossos Orixás que nos vivificam e nos fornecem energias puras e como tudo na natureza é sagrado, não poderia ser diferente com relação as folhas, que tem suas propriedades de curar males físicos usadas como chás, emplastros, pomadas etc...

 

A Umbanda explora a energia das folhas para positivar e fortalecer os assentamentos, também em banhos de limpeza, energéticos e calmantes. Elas possuem poder e finalidade especifica.

 

Vamos então primeiramente entender que existem inúmeras folhas utilizadas para diversos tipos de trabalhos, e as mesmas se dividem em: Folhas do ar, folhas do fogo, folhas da agua, folhas da terra, que são distribuídas aos Orixás.

 

Como se apresenta a essências dos Orixás:

Fogo -  Ogun, Xango, Iansã e Exú

Terra – Oxossi, Obaluae, Omulu, Nanã, Ogun

Agua – Iemanjá, Oxum, Nanã

Ar  -  Iansã

 

Existem orixás que se relacionam com outros orixás, consequentemente com outros elementos.

Folhas eró – calmante e fria

Folhas gun – excitantes e quentes

 

Se estivermos muito agitados o melhor banho é o calmante, se estamos com baixa estima, tristes e depressivos é indicado os banhos excitantes.

 

Cada orixá tem sua essência vivificada em folhas, se um orixá é fogo suas folhas serão excitantes, boas para estimular e descarregar. Assim como as folhas da agua são calmantes por serem das Senhoras das Águas.

 

Você sabia?

 

Alecrim - Embaixo do travesseiro afasta pesadelos, também é bom para vesícula, fazer cigarro de alecrim diminui a crise de asma, fazer bochecho com alecrim é bom para afta e estomatite, Veja quanta coisa se consegue em uma só erva. Além de o banho ser calmante, traz e elevação mental e pertence a linha de Ibeijada e Oxalá.

 

Alfazema Tem um excelente aroma para terapia e relaxamento, o seu banho é calmante e estimula mudanças e o discernimento, pertence a linha de Iemanjá.

 

Aroeira – Combate a febre, reumatismo, artrite, fraqueza dos órgãos digestivos, suas folhas possuem propriedades balsâmicas e se usa também para ulceras. No nosso ritual a aroeira é utilizada para limpeza em ebó e pertence às almas.

 

Abre caminho – Erva que não deve faltar em um Amaci, o nome já diz tudo, pertence aos Orixas do fogo e terra.

 

Arruda – Deve ser usada em banhos de descarrego do pescoço para baixo, Pretos Velhos gostam de usar a arruda para rezas, também utilizada em assentamentos de Exú e Pomba Gira, no caso de assentamento de Pomba Gira a arruda que se usa é a arruda femea.

 

Colônia – Seu chá é bom para pressão alta. É uma folha que pode ser usada em banhos para todos os filhos de Santo, pertence a Oxalá e Iemanjá e é calmante.

 

Camomila e Erva doce – Chá é calmante.  Para o banho é indicado para limpeza e calmante, pertence à linha das Iabas das Aguas.

 

Cravo e Folha de Louro – O banho é estimulante, muito usado pelo povo cigano também pode ser usado em defumadores para atrair prosperidade.

 

Guiné – Também indispensável no Amaci, atrai elevação e nos da proteção, pertence aos Orixás masculinos da Terra. Pretos velhos também gostam de usar para rezas, pois transmutam energias negativas.

 

Girassol (folhas) – Acelera mudanças positivas, pertence a Oxalá.

 

Levante – Seu banho auxilia a autoestima, além do seu aroma ser muito agradável, pertence a Oxalá pode ser usado por todos os filhos de santo.

 

Losna – No uso terapêutico é indicado para vermes, flores brancas, menstruação difícil e dolorosa, afecções do fígado, histerismo, mau hálito. Usa-se 20 gramas para um litro de agua, 1 colher de sopa de hora em hora Em  nosso ritual o banho com suas folhas corta a negatividade e pertence a Sra. Iansã e Ogum.

 

Manjericão - Suas folhas são usadas como condimento em refeições, estimulando o apetite e debilidades do estomago. Em banhos nós usamos como erva renovadora e pertence a Ibeji e Povo das aguas.

 

Algumas folhas e seus respectivos Orixás e Guias

 

Exú – Arruda, cambará dormideira, aroeira vermelha, hortelã, folha de amora, assa fétida, folha da fortuna.

 

Oxalá – Boldo, Colônia, levante, malva, agua de canjica, folha de girassol

 

Ogum – Capitão de sala, Espada de São Jorge, dendezeiro ou mariô, folha de inhame cará, danda da costa, vence tudo, losna, língua de vaca.

 

Oxossi – Folha de milho, chifre de veado, taioba, guiné, carqueja, jureminha, chapéu de couro, rama de leite.

 

Omulu e Obaluae – Pata de vaca, erva passarinho, sabugueiro, canela de velho, quebra pedra, cipó cabeludo, barba de velho, cana do brejo, alumã.

 

Xango – Erva de São Joao, alfavaca roxa, nega mina, bico de papagaio, maria preta, folha da costa, cipó mil homens.

 

Iemanjá – Alfazema, lavanda, lagrima de Nossa Senhora, erva doce, camomila, rosa branca.

 

Oxum – malva, oriri, rama de leite, rosa branca, dracena, cidreira.

 

Iansã – erva santa, espada de Sta. Barbara, parietaria, erva santa, erva prata, folhas de bambu

 

Nanã – Agua da chuva, rosa branca, avenca (apenas para filhos de Nanã)

 

Ibeji – alecrim, manjericão, rosa branca.

 

Caboclos e Boiadeiros  – ervas do orixá Oxóssi.

 

Pretos Velhos – Arruda, Aroeira, Guiné. Alecrim

 

Podem-se utilizar as aguas da cachoeira, rios e chuva para preparar banhos como complemento energético.

 

Agua do mar também é uma agua de limpeza e não se mistura a ervas.

 

 

Pequeno Glossário:

 

 

Acordar a agua – movimentar a agua contida em um recipiente com a mão direita para usa-la em trabalhos de cura.

 

Agô Iê – Pedido de licença = Por favor

 

Ago Ia = licença tem

 

5 aguas sagradas – agua do mar, cachoeira, rios, lagos e  chuva

 

Alafim – titulo do rei de Oyo (Xango)

 

Aldeia – Termo usado pelos caboclos referindo-se ao povo de umbanda

 

Aluá – bebida feita com casca de abacaxi, milho, farinha de arroz,e sumo de limão ou gengibre, mel e fubá, que após a fermentação de uma semana e servida nas festas de caboclo.

 

Amaci – sumo das ervas para lavagem de cabeça dos filhos de santo

 

Aparelho – nome dado ao médium que incorpora as entidades.

 

Aruanda – Cidade do astral que abriga os guias de Umbanda

 

Atoto – saudação ao Orixá Omulu, que significa o Senhor da Terra esta passando.

 

Axé – Força vital encontrada nos terreiros, a ligação do plano físico ao plano astral.

 

Banda – lugar de origem da entidade

 

Bango – o mesmo que dinheiro

 

Bater-cabeça – reverencia feita ao conga , ao zelador(a) e atabaques  do Templo.

 

Cacurucaio – Entidade ou ser mais velho (idoso)

 

Cafioto – Criança

 

Calunga grande – mar

 

Calunga pequena – cemitério

 

Camutue – cabeça

 

Canzuá – Casa

 

Carma – para sânscrita Karma que refere-se a ação, lei de causa e efeito. O carma não castiga apenas do cumprimento a Lei Universal. A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória.

 

Cinda – designação dada a Orixá Oxum – Mamãe Cinda

 

Coité – cuia feita com metade do coco onde de serve bebidas aos guias.

 

Compadre- tratamento amigável para com Exú

 

Corimba – Ponto cantado

 

Cruzamento do terreiro- Saudação aos 4 elementos para firmeza e proteção a gira

 

Dijina – Nome astral da entidade

 

Doburú – Também chamada de flores de Omulu = Pipocas

 

Ebó – limpeza feita com material apropriado, no corpo etéreo do vitimado por doença ou descompasso psíquico, e também para obrigação de filhos de santo, antes da sua obrigação.

 

Elegbara – Titulo de Exú , que significa dono da força e poder.

 

Epa epa Baba – Saudação a Oxalá

 

Falange- O mesmo que legião

 

Fundanga – O mesmo que tuia , pólvora, utilizada nos ebós

 

Ganga – O mesmo que Tata, chefe honorário, experiente.

 

Garapa – Bebida açucarada servida nas festas de caboclos

 

Gongá – Altar, ponto de fixação principal do terreiro

 

Hora grande- Meia Noite

 

Jacutá – Titulo dado a Xango, palavra usada também para designar terra ou terreiro.

 

Linhas de Umbanda – Corrente vibratória e magnética do conjunto dos trabalhadores de Umbanda

 

Macaia – local da mata onde existem forças energéticas vitais para o corpo físico e espiritual

 

Marafo – aguardente

 

Malembe – Cânticos para pedir misericórdia, hoje se usa mais a palavra maleme como perdão ou desculpas

 

Matamba – Um dos nomes concernentes a Orixá Iansã

 

Maza ou Omi – agua

 

Mironga – segredo, mistério

 

Mojubá – Um dos nomes de Exú, como sinal de respeito.

 

Obé – faca destinada ao uso de rituais diversos

 

Pavenã – Titulo dado a Exú, na Angola indicando que o mesmo é capaz de cobrar aquele que comete erro.

 

Pemba – Composta de elementos minerais, utilizada para traçar pontos, cruzar filhos de santo, executar trabalhos de magia.

 

Perna de calça - homem

 

Ponto de fogo – trabalho de descarrego feito com pólvora

 

Porteira – Portão principal da entrada do Terreiro onde o Exu da porteira guarda a entrada e saída das pessoas.

 

Povo da encruza – denominação dada aos Exús

 

Princesa do Aiucá – um dos nomes dados a Iemanjá

 

Quartinha – Vasilha especial própria para gurardar agua com fundamentos do santo

 

Rabo de encruza – Espíritos obsessores, quiumbas desclassificados a margem de encruzilhadas

 

Rabo de saia – mulher

 

Saravá – saudação umbandista que significa boa sorte muitas felicidades

 

Toco – termo usado pelos Pretos Velhos ao se referir ao banquinho que usam para se sentar.

 

Urupema – peneira de fibra utilizada para o jogo de búzios

 

Vampirismo – Sucção de energia vital executadas por espíritos desencarnados de baixa vibração

 

Xaxará – Instrumento do orixá Omulu, feito de palha da costa trançada e enfeitada com contas e búzios.

 

Zambi – Ser supremo, Deus.

 

 

Que Oxalá abençoe a todos.

Até um próximo encontro.

 

Mãe Jane de Iemanjá

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